Personagem presente no imaginário ou no inconsciente quotidiano. Também me apelidam de Lamiae ou Lamiai. Sou conhecida desde a antiga Grécia, período em que os sábios inventaram os Deuses vingativos para instaurarem o medo no espírito dos homens de forma a dominarem as suas acções. A minha fama prevaleceu desde então, intacta, através da época medieval, onde os demónios para continuarem a ser credíveis tiveram de ganhar formas mais humanas e suscitar prazeres mais carnais. Nos dias de hoje, continuo a ser temida e venerada, de acordo com os cultos mais extremistas, católico ou satânico. Desperto ódios e paixões, fascínios inexplicáveis. Demónio de olhos escancarados predador de crianças, succubus faminto de energias sexuais alheias ou vampiro sanguinário transportado em caravanas desde a Ásia, atravessando o Médio Oriente e a Europa de Leste, até ao leito cálido das nossas noites. Rodeada de mitos e lendas, que não confirmo nem desminto, vou tomando a forma do desejo, da fantasia, do medo, da fé, da coragem, da força, do desânimo, da inquietude, do humor, da carne do dia-a-dia. Vou sendo vento, trovoada, sol tórrido, mera brisa, chuva miudinha, tempestade íntima. Alimentando-me das almas cuja energia me preenche, revigora e retempera. Alimentando-me do sangue, também. Semelhante a todos os animais que caminham sobre a Terra e a todos os espíritos que vagueiam no espaço pardacento da Vida.
2 comentários:
desejo
fantasia
medo
fé
coragem
força
desânimo
inquietude
humor
carne do dia-a-dia
...
lembrando-te o que és,
para que te leves contigo.
te resgates,
nova,
de novo.
@-,-'-
nana,
Nós somos tanto, tanto, que é impossível levar tudo. :)
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--o--
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